segunda-feira, 25 de julho de 2016

AMARULA

Poema escrito depois de apreciar uma
Amarula esquecida aqui em casa...


Essa bebida me derruba facilmente
mas antes do tropeço e do tombo
uma coisa é extremamente certa:
ela me deixa naquele ponto!

No ponto de censurar o superego
de tirar o equilíbrio do ego
e de dar muito prazer ao ID
seja ele o meu e/ou o teu.

E nesse nosso caso, te provo por A + B
que a ordem das “nossas” parcelas
altera e muito o “nosso” produto
todos os riscos alcoólicos assumo!

Bagunço mesmo todas as instâncias
da nossa psiquê humana
e te levo lá para o fervente centro da Terra
ou quem sabe lá para a brisa da estratosfera.

Ainda posso dessa "firme" terra te abduzir
e te levar pra bem longe daqui.
É sempre bom comigo não apostar
porque eu só aposto para ganhar.

A cada gole dado
dessa bebida insana
que tenta me derrubar numa cama
um pensamento me seduz:

“Amar ele com Amarula
poderá ser a minha cura
ou a prisão perpétua
para essa minha loucura 
(também por ele) poética”.

A Amarula derruba os elefantes africanos
você derruba a mim com os teus encantos  
fico imobilizada nessa dúvida cruel
me encontro entre o mel e o féu
sem saber interpretar de fato:
"Qual será (in)coerentemente, o teu (sur)real papel?"

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