quinta-feira, 4 de agosto de 2016

AMAR(RAR) O LEITOR



Meu leitor, sabes quem sou?
Sou verso, metáfora, enigma
entrelinha que grita
texto simples com sentimento complexo
sou teu chão e teu teto!
Uma mulher que não brinca
nem com o que você lê em tinta.

Sou página, romance, imagem
desses  livros que guardas
sou a principal personagem
a que ama de maneira crônica
e com  poesia de verdade.

Não sei se te mereço
é um amor muito nobre
para uma poetisa pobre
pensando nisso sempre enlouqueço.

Quando chego e vejo que estás
envolto em livros e jornais
penso: Será agora
ou nunca mais?

Como mulher, prudente
como poetisa, entorpecente
te embriago em minha literatura
para fugir dessa apaixonante tortura.

Sinto desejos loucos, (in)decentes
não imaginas, por mais que tentes
entretanto uma coisa é fácil citar:
Nas estantes da “tua” vida
em presença física ou ausente
eu sempre estarei por lá
deixe estar...

Minha maior vontade como poetisa
é voar da página de um desses livros
numa leve e encantadora brisa
para você desejo me materializar
e como uma boa protagonista
te amar(rar) para nunca mais largar!

Tenho um recado doce, singelo:
amor de poetisa é estranho, é em excesso
é sentimento forte e em verso
forte mesmo, como café expresso
o leitor que desse amor prova
seja em rima ou em prosa
entra num judicial processo
e acaba como réu confesso.

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