Meu leitor, sabes quem sou?
Sou verso,
metáfora, enigma
entrelinha que
grita
texto simples
com sentimento complexo
sou teu chão e teu teto!
Uma mulher
que não brinca
nem com o que você lê em tinta.
Sou página,
romance, imagem
desses livros que guardas
sou a
principal personagem
a que ama de
maneira crônica
e com poesia de verdade.
Não sei se te
mereço
é um amor
muito nobre
para uma
poetisa pobre
pensando nisso
sempre enlouqueço.
Quando chego e vejo que estás
envolto em
livros e jornais
penso: Será
agora
ou nunca
mais?
Como mulher,
prudente
como poetisa,
entorpecente
te embriago
em minha literatura
para fugir
dessa apaixonante tortura.
Sinto desejos
loucos, (in)decentes
não imaginas,
por mais que tentes
entretanto uma
coisa é fácil citar:
Nas estantes
da “tua” vida
em presença física ou ausente
eu sempre
estarei por lá
deixe
estar...
Minha maior
vontade como poetisa
é voar da
página de um desses livros
numa leve e
encantadora brisa
para você desejo me materializar
e como uma boa protagonista
te amar(rar)
para nunca mais largar!
Tenho um
recado doce, singelo:
amor de
poetisa é estranho, é em excesso
é sentimento
forte e em verso
forte mesmo,
como café expresso
o leitor que desse amor prova
seja em rima ou em prosa
entra num judicial processo
e acaba como
réu confesso.
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