
Certa vez, mainha perguntou-lhe o porquê dela
se preocupar tanto com o “temporal”, afinal ela nunca parava seus afazeres para
assistir a este telejornal. Ela explicou-lhe e “muito bem explicado” o
seguinte: “Sabe o que é patroa? É porque quando passa o ‘temporal’, já está
perto de terminar o jornal e eu não posso perder a novela”. Isso já caracteriza
bem o tipo da figura.
Um belo dia, enquanto ela preparava o jantar,
mainha descansava um pouco em seu quarto. Um detalhe interessante, é que só
tinham elas duas dentro de casa e de repente, mainha ouviu um forte estampido: “Peeeeeeeei!!!!!!!!”.
Ela levantou-se apressadamente para se apropriar do que havia acontecido. Ao
chegar à sala, a figura começou a gritar:
-Foi um tiro! Foi um tiro! Foi um tiroooo!!!!!
-Um tiro? – Perguntou mainha assustada.
-Sim, e foi aqui na sala!
E continuou dizendo com toda a certeza desse
mundo, apontando para o sofá:
-Foi exatamente aqui o tiro!
-Mainha olhava para o sofá e não via nenhum
furo de bala, nem tampouco na parede. E continuou a perguntar:
-Cadê a bala?
Ela alteradamente, repetia:
-Foi um tiro! Não sei da bala, mas foi aqui,
foi aqui...
Mainha foi lá na janela, olhou, tudo muito
calmo lá fora. Não se ouvia gritos, nem tumultos, tudo muito normal. Por sinal,
morávamos num bairro bem tranquilo (Jardim Atlântico, Olinda). Logo minha mãe começou a acalmá-la, tentando mostrar-lhe que não havia
nada que comprovasse o suposto "tiro". Conversou com ela e pediu-lhe que fosse
comprar o pão, na perspectiva de afastá-la um pouco do ambiente para que
pudesse perceber que lá fora tudo corria maravilhosamente bem.
Enquanto isso, mainha começou a organizar a
mesa para o jantar. Ao dirigir-se ao fogão, pôde observar que o tão comentado “tiro”
tinha saído exatamente de lá, pois o prato que a mesma preparara a massa do
cuscuz, amarrado a um pano, não suportara a temperatura e espatifou-se por
completo causando o estrondo que a moça assustada havia sentido “ao lado do
sofá”. Resultado: o cuscuz estava completamente recheado com pedacinhos de
porcelana: Uma iguaria ímpar.
Em seguida, a “sensitiva” voltou da padaria tranquila
e mainha resolveu dar continuidade ao papo do tiro:
-Descobri
tudo sobre o tiro!
-Tá
vendo?! Eu não disse?! Eu tinha certeza que tinha sido um tiro, eu conheço tiro
de longe, lá onde eu moro tem tiroteio direto. A minha sorte é que todo mundo
lá é meu amigo. Sou muito respeitada, se não fosse isso...
-Ahhh, quer dizer que você conhece tiro de
longe? Pois dessa vez, você não conheceu nem de perto! Venha cá para eu lhe
mostrar de onde saiu o tiro.
E mainha apontou-lhe o fogão, o cuscuz e o
prato.
-Tá, dona Keyla, eu já vi tiro de tudo quanto
é jeito, mas essa é a primeira vez que eu vejo um tiro sair de um cuscuz!
Kkkkkk essa foi demais kkkkkkk Adoro seus textos Syl principalmente qd minha frô é a estrela kkkkkk
ResponderExcluirKkkkkk essa foi demais kkkkkkk Adoro seus textos Syl principalmente qd minha frô é a estrela kkkkkk
ResponderExcluirObrigada, minha "Frô". Amamos você! Um beijão de Sylvinha e Keyla.
ResponderExcluirEm tempo: Aguarde os próximos textos... rsrs.
Obrigada, minha "Frô". Amamos você! Um beijão de Sylvinha e Keyla.
ResponderExcluirEm tempo: Aguarde os próximos textos... rsrs.